Acabou tudo, e agora? Não vou aguentar!!!
Escuto
muito estes questionamentos na clínica psicológica e percebo que todos que
passam por esse sofrimento querem uma cura rápida, uma formula mágica para
acabar com a sua dor, mas infelizmente não existe.
Se
existe algum conselho que eu possa dar as pessoas que procuram conforto neste
momento tão dolorido seria para se REDESCOBRIREM.
Aprenda
com suas experiências, mesmo que o fim do relacionamento não tenha sido sua
escolha, use desta mistura de sentimentos como informações a seu próprio
respeito. Acredito que nesses períodos de estremo sofrimento pode-se aprender
muito sobre si mesmo.
Preste
atenção naquilo que foi vivido, nas expectativas que você, talvez, possa ter
feito, nas fantasias e principalmente observe o que você aprendeu com esse
relacionamento. O que você pode tirar de lição de tudo que viveu? Como se fosse
uma busca para si mesmo, assim pode-se sair do papel de quem sofre, para o de
quem aprende.
O
processo de superação do fim da relação pode ser mais ou menos longo, depende
muito de cada pessoa e de uma série de fatores que podem contribuir, como por
exemplo, ter outras fontes de prazer, como algum hobby e principalmente ter
disposição para aproveitar tudo aquilo que dá sentido à própria vida, amigos e
família ajudam muito neste momento.
Quando
a pessoa tem outros vínculos importantes e outras razões de viver, ela elabora
o luto com mais facilidade e faz do antigo relacionamento uma boa lembrança.
É
natural que as pessoas que enfrentam o fim de um relacionamento queira evitar
as situações de sofrimento, mas querer fugir destas fases não resolverá o
problema, nem aliviará a dor. O sofrimento faz parte, mas o importante é
reconhecê-lo e não cultivá-lo
Reconheça
seus sentimentos, os ruins e os bons. Se cuide, não finja
sentimentos que não exista, apenas sinta os verdadeiros, é necessário para
desenvolver o autoconhecimento. Tenha criatividade e capacidade de sentir
prazer, faça o que for preciso para se sentir bem, esses são ingredientes
importantes na superação da dor e no resgate ou no fortalecimento da
autoestima, dê a si mesmo tempo para se curar.
Com
o passar do tempo e de uma passagem adequada pelo período de luto, torna-se
possível reconhecer que estar solteiro pode, sim, ser positivo.
Caso
você perceba que não consegue lidar sozinho com o fim do relacionamento, conte
com a ajuda de um psicólogo.
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Imagem: Extraída do Google Imagens
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Sobre a autora:
Sofia
Nogueira Lemos, Psicóloga (CRP 09/11168) graduada pela Universidade de Ribeirão
Preto (Brasil), atende adolescentes e adultos. Psicoterapeuta de base
humanista-fenomenológica.
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