Não existe nada mais importante para você do que sua relação com você mesmo. Essa relação se chama autoestima, como o próprio nome já diz, autoestima é a estima que você concebe a si mesmo. Mas o que é estimar? Estimar consiste em avaliar, tratar com cuidado, e também gostar, ter apreço.
De acordo com o dicionário a autoestima é a “qualidade de quem se
valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente,
confiança em seus atos e julgamentos”.
A sua autoestima é formada a partir das relações interpessoais e
das experiências que você vivenciou ao decorrer da sua história de vida.De
acordo com Nathaniel Branden, existem seis pilares de sustentação da
autoestima, que precisam estar bem desenvolvidos para fomentar a boa
autoestima, sendo eles:
1º
pilar - Viver conscientemente: consciência no
sentido de saber, conhecer e compreender sobre si mesmo e o ambiente em que
está inserido, seus comportamentos, atitudes e ações.
2º
pilar
- Autoaceitação: a autoaceitação
depende das suas expectativas e da sua opinião sobre você mesmo. Quanto mais
altas forem as suas expectativas e mais negativa for a sua opinião sobre você,
menos você se aceita e o resultado é mais frustração e discriminação, ou seja,
há uma vontade de ser alguém que você não é.No entanto, quem tem uma opinião de
si positiva demais, de forma exagerada, é visto como pretensioso. O importante
aqui é tentar equilibrar suas expectativas e sua opinião sobre você mesmo, de
forma a reconhecer e perceber a realidade. Quanto menos você se aceita, mais
precisa da aceitação das outras pessoas, direta ou indiretamente.
3º
pilar - Autorresponsabilidade: “Sou responsável
por minhas escolhas, minhas vontades, meus comportamentos e pela maneira como
me relaciono com os outros”. Se autorresponsabilizar é reconhecer que você
comete erros e acertos e que nunca deve culpar os outros por seus próprios
erros, assim como não deve dar justificativas banais pelos mesmos.
4º
pilar - Autoafirmação: consiste em se aceitar
como se é, com suas qualidades e defeitos, defendendo sua própria identidade,
direitos, opiniões, desejos, considerando-os importantes e válidos.
5º
pilar - Intencionalidade: como o próprio nome
já diz, ter intenção, deliberação, propósito; não perder de vista os seus
objetivos e sonhos e se guiar na direção deles, com foco, disciplina,
organização e confiança.
6º
pilar - Integridade pessoal: ser honesto
consigo mesmo e com os outros, ser autêntico, viver de acordo com aquilo em que
acredita (princípios morais, crenças e valores).
Esperar a aprovação dos outros, focando em como os outros o veem,
impede o desenvolvimento da autoestima, já que a mesma é desenvolvida através
de um processo de autoconhecimento e autorreconhecimento.
Para nós seres humanos, que vivemos em sociedade, e necessitamos
de relações interpessoais, é claro que em algum nível devemos levar em
consideração o que as outras pessoas pensam de nós, no entanto, isso não
significa que temos que depositar no outro a responsabilidade e o poder de definir
o nosso valor. Porque autoestima é isso, é a valoração que você tem de si
mesmo, e deixar que o outro faça isso por você, o torna vulnerável e sua
autoestima frágil.
O autoconhecimento ou conhecimento de si é um processo
interminável que começa na tomada de consciência do indivíduo, em que ele passa
a enxergar a si próprio como ele é, com suas qualidades e defeitos, erros e
acertos, sentimentos, emoções, comportamentos, crenças, de uma forma geral como
ele se apresenta e se manifesta no ambiente em que vive.
Através do processo de autoconhecimento, o indivíduo passa a se
perceber como um ser humano único e insubstituível, que tem o poder de
controlar sua própria vida e realizar mudanças se assim desejar.
Para se autoconhecer é necessário que haja disponibilidade e vontade
próprias, além de prática diária,uma vez que abraçará o desconhecido, podendo
tornar-se assim, um processo doloroso, cansativo e conflituoso. No entanto, os
benefícios são incontáveis, já que você se libertará da condição de vítima, se
tornará responsável por si mesmo e por suas ações, será mais autoconsciente em
suas escolhas, sairá da posição de expectador e passará a ser protagonista de
sua própria história de vida, poderá se tornar uma pessoa mais autêntica e
desenvolver com tudo isso uma boa autoestima.
A partir do momento que você se conhece, se respeita, melhora sua
relação com você mesmo, a sua relação com o outro se tornará cada vez mais
fácil e mais fluida. Sendo assim, o autoconhecimento e a boa autoestima são
essenciais para desenvolver relações interpessoais saudáveis e duradouras.
Se você se interessou e deseja começar a busca pelo
autoconhecimento e consequentemente desenvolver uma boa autoestima, faça
Psicoterapia. Um profissional de Psicologia fará um acompanhamento guiado, em
que serão usadas técnicas para a possibilidade da orientação, análise,
verificação e mudança pensamentos, sentimentos/emoções e comportamentos recorrentes
e suas consequências.
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Patrícia Lessa Lopes, é psicóloga (CRP 09/11115) graduada pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás (Brasil), cursando pós-graduação em Terapia Cognitivo
Comportamental no Incursos (Brasil). Atende adolescente e adultos, e já atuou
no Programa Justiça Terapêutica do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás.
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