Eu ainda sou, apesar de ter descoberto com algum
tempo de psicoterapia que isso (a timidez) não me define! É importante
ressaltar que a timidez não é um tipo de perfil psicológico, e ou um tipo de
personalidade: a pessoa tímida não foi sempre tímida, não ou será para sempre.
Acredito que todos nós, em algum momento da
vida, tivemos que fazer algo para um público: seja um teatro, apresentação de
final de ano na escola, ou trabalho de conclusão de curso na graduação, entre
outros; nesses momentos pode ter existido nervosismo, e alguma timidez, pois você
está se expondo para aquelas pessoas, e consequentemente poderia ser julgados,
o que seria compreensível existir essa timidez não é mesmo?
Como já mencionei, não se
nasce tímido, esta característica se consolida com o tempo e está intimamente
ligada a nossa autoestima. Surge através de experiências de vida ocorridas
desde a infância, como por exemplo, ter pais muito protetores, professores
extremamente severos, autoimagem distorcida, bullying, diferenças culturais e socioeconômicas.
A timidez tende a desenvolver-se na medida que enfrentamos novos desafios.
Sentir-se tímido é
desconfortável,as pessoas tímidas em geral são retraídas, têm medo expor suas
opiniões com receio de serem mal compreendidas, acham que serão alvo de
avaliação negativa sempre e não é raro que abusem de bebidas e outras drogas,
geralmente com o objetivo de ganhar coragem para as situações temidas.
Porém, a timidez não é falta
de coragem, mas pode também ser, por exemplo, um excesso de exigência. Para o
tímido se as coisas não funcionam é porque alguma coisa ele está fazendo
errado, por isso é comum sentir que precisa preparar melhor, mesmo que tenha
que se isolar para precaver possibilidades de ser rejeitado.
Quando a timidez alcança níveis extremos nos
quais a pessoa evita trocas sociais, fazendo com que perca oportunidades
pessoais, profissional e cultural, pode gerar, inclusive, uma depressão. Por
isso é importante ficar atento, e procurar uma ajuda psicológica é mais do que
indicado.
Eu, por exemplo, sou uma pessoa tímida, e no
meu caso, a timidez se acentuou mais na adolescência, onde eu tinha vergonha de
coisas simples, desde de ligar para um restaurante para fazer um pedido até
sentir vergonha de tirar dúvidas com a professora em sala de aula, tudo por
causa do medo de ser julgada. Eu percebia que quanto mais o tempo passava mais
perdia minha espontaneidade, tinha receio de fazer uma brincadeira com minhas
amigas, de elas me acharem uma boba, ou seja, atrapalhava minha vida social e
intelectual.
Mas eu decidi trabalhar esta dificuldade, e com
a psicoterapia fui me descobrindo melhor, e aos poucos percebendo que eu não
era só essa pessoa tímida e retraída, que eu tinha várias outras
possibilidades, várias outras características e com isso fui me libertando aos
poucos do rotulo de menina tímida e sendo o que eu realmente sou em toda minha
potencialidade, inclusive tímida.
Hoje como psicóloga percebo inúmeras pessoas
procurando ajuda por causa da timidez, e acredito, por experiência própria, que
a psicoterapia pode auxiliar muito as pessoas que sofrem por isso. O psicólogo
humanista é um facilitador, identificando junto com o cliente, seus
medos, inseguranças, traumas, enfim, todas as formas da pessoa reagir frente as
dificuldades da vida, este processo de autoconhecimento, autodescoberta e autoaceitação, leva o cliente a fortalecer-se
e enfrentar com equilíbrio os obstáculos que surgem no dia a dia.
Se você se identifica com estas dificuldades,
que tal dar um passo na superação disso e procurar ajuda? Entre em contato e
saiba como funciona o acompanhamento psicológico para vencer a timidez. E
saiba, apesar de tudo que, mesmo com dificuldade, você pode encontrar muitas
formas de realizar-se enquanto pessoa.
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Sobre a
autora
Sofia
Nogueira Lemos, Psicóloga (CRP
09/11168) graduada pela Universidade de Ribeirão Preto (Brasil), atende
adolescentes e adultos. Psicoterapeuta de base humanista-fenomenológica.
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