O
sobrepeso em crianças e adolescentes vem crescendo a cada década. Crianças que
estão acima do peso correm o risco de se tornarem adultos obesos, portanto
podem apresentar riscos de sofrer problemas de saúde relacionados. Estudos
mostram que quando um dos pais é obeso aumentam 50% de chances da criança também
ficar obesa, e quando ambos são o risco da criança se tornar é bem maior. É recomendado
que a criança não entre na adolescência acima do peso, pois se isto acontecer
as chances de se tornar um adulto com sobrepeso são de 70%.
Alguns
dos fatores que contribuem para a obesidade infantil são: o sedentarismo e os
maus hábitos alimentares que podem afetar a sua saúde física (quadros de
hipertensão, diabetes, aumento do colesterol, apneia do sono, problemas
ortopédicos, dentre outros) e psicológica (baixa autoestima, déficits em
habilidades sociais, baixo autoconceito, depressão, distúrbios de autoimagem,
dentre outros) da criança.
Como
sabemos, a família tem grande influência no desenvolvimento da criança, “a
família funciona como uma agência educacional que ensina a criança a andar, a
falar, a comer de uma dada maneira, a se vestir, e assim por diante” (Skinner,
2003, p. 438). Uma das formas da criança desenvolver sua aprendizagem é por
meio da imitação, deste modo, os pais devem adquirir hábitos alimentares
saudáveis para que se tornem bons modelos. Então cabe perguntar:
Quais
as estratégias que vocês pais utilizam para modelar o comportamento alimentar
da criança?
A
melhor forma de combater o sobrepeso é auxiliar a boa alimentação com
exercícios físicos e paciência. Para a aquisição de hábitos alimentares
saudáveis é necessário aumentar as práticas positivas como:
A)
ensinado sobre nutrição: os pais vão ensinar aos filhos as vantagens de
consumir verduras e frutas, o valor nutricional dos alimentos para incentivar o
consumo;
B)
definição do cardápio: é importante ter variedade do tipo de alimentos e o
preparo das refeições, variedade de cores, texturas, preparação no prato de
forma atrativa;
C)
horário das refeições: estabeleça horário fixos, com intervalos de 2 a 3 horas,
para que a criança sinta fome na próxima refeição;
D)
compras e preparação da refeição:
envolva a criança na tarefa de fazer compras, mostre os alimentos saudáveis e
também no preparo das refeições, na elaboração dos pratos. Tarefas simples que
não apresentem risco de acidentes como: lavar o tomate, colocar as folhas de
alface na bandeja, etc;
E)
guloseimas: incentive a criança a deixar de lado as bolachas, doces e
salgadinhos, mas não proíba, explique as vantagens da troca por frutas e
iogurtes;
F)
práticas esportivas: incentive a criança a trocar o celular e/ou a televisão
pelas práticas de exercícios físicos;
G)
ambiente: na hora da refeição evite ligar aparelhos (televisão, celular) isso
pode fazer a criança comer de forma rápida e a não observar o sabor do
alimento.
H)
monitoramento: deixe a criança comer sozinha, mas sempre com supervisão,
observe também o consumo de alimentos menos saudáveis pelos filhos.
Cuidar
da alimentação das crianças é prevenir problemas de saúde futuros e melhorar a
sua qualidade de vida, caso os pais se sintam perdidos ou não consigam lidar
com a educação alimentar dos seus filhos, busque ajuda de um profissional.
Profissionais psicólogos podem auxiliar e treinar as famílias novas formas de
resolução de problemas e desenvolver nos pais e filhos a aprendizagem de novas
habilidades comportamentais afim de diminuir então os riscos de saúde e também
o sobrepeso infantil.
Referências
Vuono, T. (2014) Como ajudar o seu filho a ter hábitos
alimentares saudáveis? Disponível em:
https://criancabemnutrida.com/2014/05/10/como-ajudar-o-seu-filho-a-ter-habitos-alimentares-saudaveis/
Skinner, B.F.
(2003). Ciência e comportamento humano
(11ª ed.). Tradução organizada por J. C. Todorov., R. Azzi. São Paulo: Martins
Fontes. (trabalho original publicado em 1953).
Weber, L. N. D,
Mayer, A. P. F, Faria, R. R. (2011) Práticas
educativas parentais e suas implicações na escolha profissional dos filhos e no
desenvolvimento da obesidade infantil. Comportamento em Foco. Universidade
Federal do Paraná. ABPMC.
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Imagem:
Extraída do Google Imagens
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Sobre a autora:
Mylena Moreira
Melo, Psicóloga
(CRP 09/11177) graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás
(Brasil), psicoterapeuta de crianças, adolescentes e adultos, atua com ênfase
na Psicologia Comportamental.
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