Num convívio em que a dificuldade de comunicação entre o
casal é grande, os vínculos facilmente se enfraquecem. É comum, entre o casal, acontecer algo que os tire do sério. Nessas horas, as circunstâncias
podem levar a atitudes intempestivas, com palavras duras, as quais trarão à
tona um comportamento pouco conhecido pelo outro. Por isso, saber que ninguém é apenas
virtude ou compreensão nos permite conhecer as dificuldades do outro, o que faz
parte dos desafios de uma vida a dois.
Aprender
a falar de maneira não defensiva nos casais consiste na manutenção do que se
diz numa queixa específica, sem desandar para o ataque pessoal. Recomenda-se
que a melhor fórmula para uma queixa e uma boa briga é "XYZ":
"Quando você fez X, me fez sentir Y, e eu preferia que você, em vez disso,
fizesse Z." Por exemplo, "Quando você não me ligou para dizer que ia
chegar atrasado para nosso compromisso de jantar, eu me senti menosprezada e
zangada. Eu gostaria que você me informasse que vai se atrasar", em vez de
"Você é um sacana irresponsável, só pensa em si mesmo", que é como a
questão é demasiadas vezes colocada nas brigas de casal.
Como a
própria palavra indica, comunicar é
tornar comum, partilhar a mesma informação. Quando falamos de informação,
falamos de ideias. É fundamental comunicar-se para que cada um consiga perceber
o ponto de vista do outro e assim procurarem pontes de entendimento.
Em suma,
a comunicação aberta não tem provocações, ameaças ou insultos, e tampouco dá
lugar às inúmeras formas de desculpas, negação de responsabilidade,
contra-ataque com uma crítica e coisas assim. Também aqui a empatia é uma
ferramenta poderosa.
Finalmente,
respeito e amor desarmam a hostilidade no casamento, como em tudo mais na vida.
Criar pontes, criar cumplicidade, é disso que é feita uma relação harmoniosa. Vale
a pena pensar nisso.
-------
Imagem: Extraída do Google Imagens
-------
Sobre a autora:
Carlla Oliviera Muniz (CRP 09/9190), é psicóloga graduada pelo Centro Universitário UNIRG (Brasil),
especialista em infância e adolescência pela Universidade Federal de Goiás
(Brasil). Atende com ênfase na abordagem cognitivo-comportamental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário