Costumo
dizer que pra amar algo ou alguém, precisamos conhecer. Notei que boa parte das
pessoas com as quais eu convivo e atendo, não se conhecem e, portanto, não se
amam! Amar a si próprio deveria ser uma coisa simples, já que convivemos
conosco durante toda a vida. Mas não é.
Deixamos
que a opinião de desconhecidos (ou pessoas que não nos conhecem o suficiente),
sirvam como parâmetros de avaliação. Por exemplo, utilizamos o jogo da sedução
(ou flerte) para avaliar o quão atraentes somos, mas é o outro quem julga,
entende? Se em determinada situação decido flertar com alguém e este não se
interessa por mim, não entendo o simples fato de que ele tem o direto de não se
interessar e começo a me questionar, como se a culpa fosse minha, ou como se o
problema estivesse em mim. Começo a achar que, provavelmente, não sou atraente.
Quando faço isso, deixo que a opinião de quem tão pouco me conhece se
sobressaia a minha. Tapo os olhos para todas as qualidades que sei que tenho e
começo a duvidar delas, por que quem determina se eu sou atraente, ou não, é um
sujeito que mal me conhece, ou seja, uma pessoa que mal me conhece diz mais
sobre mim do que eu mesma. Percebem o quão errada está essa dinâmica?
Acorde
todos os dias e faça uma análise se si mesma(o), reconheça quais são seus
pontos fortes e fracos e aprenda a lidar com eles. Use as adversidades do dia a
dia a seu favor, tudo favorece à aprendizagem e a evolução. Goste de sua
própria companhia, experimente fazer programas sozinha(o). Se aceite, se
respeite. Não se inferiorize a partir do ângulo do outro. Apenas você sabe a
dor e a delícia de ser o que é.
Se
for difícil fazer tudo isso, procure ajuda. Você precisa descobrir que o maior
e melhor amor, é o amor próprio!
-------
Sobre a autora
Carlla Oliviera Muniz, é
psicóloga (CRP 09/9190) graduada pelo Centro Universitário UNIRG (Brasil),
especialista em infância e adolescência pela Universidade Federal de Goiás
(Brasil). Atende com ênfase na abordagem cognitivo-comportamental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário