A
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem teórica, desenvolvida
nos anos 60 por Aaron Beck a partir do pressuposto de que o modo como o
paciente/cliente percebe e processa as situações e a realidade influencia no
modo como ele se sente e se comporta.
A
TCC foi desenvolvida como uma abordagem breve, estruturada e orientada para o
presente, integrando técnicas e conceitos vindos das abordagens cognitiva e
comportamental.
“Uma
característica definidora da TCC é o conceito de que os sintomas e os
comportamentos disfuncionais são cognitivamente mediados e, logo, a melhora
pode ser produzida pela modificação do pensamento e de crenças disfuncionais”
(Knapp & Beck, 2008).
O
terapeuta cognitivo comportamental precisa estruturar as sessões e planejar procedimentos
terapêuticos que sejam mais prováveis de produzir mudanças para cada
determinado cliente/paciente. Desse modo, é muito importante que o terapeuta
conheça os princípios, procedimentos e técnicas específicos dessa forma de
psicoterapia e possua uma ampla variedade de habilidades terapêuticas para que
haja eficácia no tratamento.
É
certo que não há processo terapêutico sem vínculo, e isso não poderia ser
diferente na TCC. “A TCC não é um conjunto de técnicas aplicadas mecanicamente
como poderíamos pensar à primeira vista” (Knapp & Beck, 2008) e como muitas
pessoas que não a conhecem pode chegar a dizer. Por isso, é muito importante
que estudantes e mesmo profissionais tenham conhecimento acerca dos
procedimentos e funcionamento da abordagem.
A
pesquisa e prática clínica acerca da TCC tem mostrado que ela é efetiva na
redução de sintomas e taxas de recorrência, em uma ampla variedade de
transtornos psiquiátricos, desde depressão, suicídio, transtornos de ansiedade
e fobias, síndrome do pânico, transtornos de personalidade, abuso de
substâncias, problemas interpessoais e raiva, hostilidade e violência, entre
outros.
“Alguns
estudos de resultado usando neuroimagem recentemente confirmaram o que já se
previa: as TCC produzem mudanças fisiológicas e funcionais em muitas áreas
cerebrais” (Knapp & Beck, 2008).
Isso
reflete o quanto a TCC tem crescido e se desenvolvido, assim como os benefícios
de um trabalho extensivo e de qualidade. O conhecimento colocado em prática de
forma correta produz resultados incríveis. E o nosso papel é tentar
compartilhar conhecimento através do Grupo de Estudos em Terapia Cognitivo
Comportamental.
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Referências
Knapp,
Paulo, & Beck, Aaron T. (2008). Fundamentos, modelos conceituais,
aplicações e pesquisa da terapia cognitiva. Revista Brasileira de
Psiquiatria, 30(Suppl. 2), s54-s64.
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Sobre a autora:
Patrícia Lessa
Lopes, psicóloga (CRP 09/11115) graduada pela
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Brasil), cursando pós-graduação em
Terapia Cognitivo Comportamental no Incursos (Brasil). Atende adolescentes e
adultos, e já atuou no Programa Justiça Terapêutica do Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás.
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