A Avaliação Psicológica é um
processo, com bases científicas, que pode ter diversas finalidades, dependendo
dos objetivos pelos quais está sendo solicitada, pode ser usada no âmbito
clínico, escolar, judiciário, dentre outros. Durante este processo a presença
dos pais é importante, tanto pelas informações que podem fornecer ao psicólogo
sobre o desenvolvimento da criança, como também para que o profissional observe
a forma como a família se refere a ela.
Ao falarmos sobre isso, é comum
pensar que sejam usados testes para este processo, mas não necessariamente é
obrigatório, e é possível realizar uma boa avaliação psicológica infantil até
mesmo sem o uso deste instrumento, utilizando métodos e técnicas de avaliação
psicológica como a entrevista, e a observação. Ao utilizar testes psicológicos
é preciso estabelecer o que será avaliado para a escolha de um teste
específico, e vale ressaltar que este teste deve estar favorável no Sistema de
Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi).
O termo avaliação psicológica foi utilizado nos Estados Unidos em 1948, com
a publicação da Oficina de Serviços Estratégicos do Exército, a partir disso
foram realizadas várias discussões acerca dos instrumentos a serem utilizados,
a formação do profissional para realizar a avaliação, a criação e validação de
testes, e como fazer a devolutiva sobre os resultados obtidos. Este contexto
histórico contribui para que a realização de Avaliação Psicológica seja de uso
restrito da psicóloga e do psicólogo, e deve ser realizada seguindo as
diretrizes básicas da resolução n° 9/2018.
Entre os casos mais frequentes
estão: dificuldade em se concentrar, hiperatividade, desobediência,
agressividade, comportamento antissocial, obesidade, depressão, baixa
autoestima, ansiedade, depressão infantil. O psicólogo realiza a avaliação
psicológica, e ao final do processo, realiza a devolutiva dos resultados por
meio de um Relatório de Avaliação Psicológica onde é descrito o diagnóstico e o
prognóstico. Através destes resultados poderão ser traçadas estratégias de
reabilitação da criança, verificar a se há a necessidade de se realizar
psicoterapia, e se houver necessidade a encaminhar para outros profissionais
especializados, como: fonoaudiólogo, psicopedagogo, nutricionista, entre
outros.
No contexto escolar, por exemplo,
é comum que alguns professores realizem algum tipo de avaliação, e quando
esbarram em questões psicológicas, podem fazer isto de forma equivocada. Desta
forma, o psicólogo tem papel fundamental para que seja feita uma avaliação
psicológica correta, e ao identificar algum problema no contexto escolar, seja
cognitivo, de dificuldade de aprendizagem ou de baixo desempenho escolar, pode
ser realizada uma intervenção enquanto psicólogo escolar, ou encaminhar para um
psicólogo clínico para que seja feito um acompanhamento na psicoterapia.
Se você trabalha com crianças e
não havia feito uma avaliação psicológica, agora você tem algumas informações que
irão contribuir para que você a realize, e caso você já tenha realizado, mas
não sabia o que fazer após a conclusão e diagnóstico, busque esclarecer as
dúvidas mais comuns que permeiam este assunto. Após receber essas informações
você se sente preparado para realizar esse processo?
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Sobre a autora
Suieny Gracielly Nunes de Souza,
é estudante de Psicologia na Faculdade Cambury, estagiária do Instituto
Psicologia Goiânia, sob a supervisão do psicólogo Murillo Rodrigues dos Santos
(CRP 09/9447).
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