Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?


Para mudarmos, é preciso olhar para dentro de nós mesmos, nos conhecer, saber quais são nossas tristezas, frustrações, problemas, dificuldades, limites, possibilidades, alegrias, ou seja, aquilo que nos faz bem ou mal. A partir daí, poderemos saber qual é a nossa responsabilidade diante de tudo o que nos aconteceu e o que nos acontece diariamente.

Somente assim, poderemos enxergar com clareza que o outro não tem culpa e não é responsável pela nossa infelicidade e que apenas através da busca constante, interminável e diária é que seremos de fato felizes. Nós somos responsáveis por nós mesmos e pelas nossas escolhas; e são elas que definirão quem realmente somos. 

Devemos aprender com o outro, tirar tudo de melhor das relações que estabelecemos, mas nunca, em hipótese alguma, devemos culpá-lo por algo que nós permitimos e pelas expectativas que criamos. 

É fato que somos seres de relações, e que sem elas não sobreviveríamos, porque nós precisamos do contato para nos sentirmos pertencentes. No entanto, devemos saber que o outro não veio ao mundo para atender nossas expectativas e realizar os nossos sonhos. Cada qual é responsável pela sua realidade! Então, o que você tem feito por si mesmo? Você é vítima ou autor da própria história? Você vai permitir que as situações e os outros definam quem você é? Como você tem lidado com a sua autorresponsabilidade? 

Procure se conhecer, faça algo de bom por você, reflita sobre como você tem levado a sua vida, cobre-se menos, aceite-se como você é, saiba que todos nós somos imperfeitos e humanos, se autoavalie, conheça seus limites e possibilidades e acima de tudo, AME-SE! 

A vida é cheia de novas oportunidades, todos os dias, todas as horas, todos os minutos… aproveite todas as graças que lhe são dadas diariamente, aprenda com as pessoas ao seu redor, tudo é motivo de crescimento e aprendizado… somos pequenos, estamos em constante construção e evolução, por que culpar e responsabilizar o outro? E por que se culpar? Responsabilização não é sinônimo de culpabilização! Culpa corrói, faz sofrer, machuca, adoece, envelhece, tira-nos a visão. Ela não é do outro, mas também não é nossa! Se responsabilize, mas não se culpe! Perdoe a si mesmo, e perdoe o outro!  

E saiba que a vida é assim: perceber os erros, se arrepender, não repeti-los e seguir em frente, errar novamente, ser diferente e ser mais humano ainda, se levantar a cada queda e nunca, nunca desistir! Saiba que você não estará sozinho, se conseguir vencer os preconceitos e enxergar com clareza suas necessidades… 

Alguém que pode te orientar, te auxiliar, te guiar, caminhar junto contigo, mostrar novas possibilidades… esse alguém é o Psicólogo. Faça psicoterapia! E depois de descobrir qual a sua responsabilidade nessa desordem da qual você se queixa, o que você está disposto a fazer para mudar sua condição atual?

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Imagem: Extraída do Google Imagens

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Sobre a autora:


Patrícia Lessa Lopes, é psicóloga (CRP 09/11115) graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Brasil), cursando pós-graduação em Terapia Cognitivo Comportamental no Incursos (Brasil). Atende adolescente e adultos, e já atuou no Programa Justiça Terapêutica  do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

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